Continuamos a olhar para o território sobre o prisma economicista, e com o olhar de quem se levanta em Lisboa e Porto ou Braga e julga o resto do país pela mesma bitola. Há coisas a mudar nos municípios? Muitas! Há que apostar mais na congregação de serviços nas Associações de Municípios de forma a ganhar escala e diminuir despesa? Absolutamente! Mas esta forma de olhar para o território, riscando os serviços que existem! Esta gente esquece-se que o interior está a definhar, e que as Câmaras Municipais são o Rendimento Médio Garantido para uma boa parte da população activa, e que os restantes serviços e comércio existentes, sobrevivem em grande parte porque este Rendimento Médio Garantido, tem garantido a custo a sobrevivência das gentes que teimam em ocupar território que de outra forma já estaria abandonado há muito... Se reduzirmos serviços, desaparecerão empregos e as pessoas terão de ir procurar a vida para o Litoral, mais vale e digo isto a custo que sigamos o mesmo caminho de Olivença... Eu sou dos que acredito que estes territórios têm futuro, por isso me dispus a sair de um dos maiores Concelhos de Portugal, Sintra, e vir para Marvão para me estabelecer e constituir família. Não me venham estes iluminados, que conhecem estes territórios por cá virem passar fins de semana, dizer o que tem de ser feito! Não me venham falar que o país se liga por auto-estradas, porque elas e as suas portagens não estão ao alcance de todos, e os transportes públicos já se foram pela mesma ordem de ideias! Olham para Marvão e perguntam como é que uma sede de concelho com 100 habitantes pode continuar a ser Concelho... Se juntarem Cascais e Oeiras, Póvoa de Varzim e Vila do Conde, talvez não venha grande mal ao mundo, as economias têm capacidade de absorver estas mudanças, no Interior jamais! Pois são os Municípios que continuam a congregar e a fazer todo um trabalho que noutras regiões é feito em conjunto com as empresas e a sociedade civil! Mas isso funciona quando existe escala, e essa há muito que se foi nestes territórios! Acabar e riscar municípios do mapa, poderá poupar alguns Euros no curto prazo, mas no longo prazo podemos fazer as contas aos custos da desertificação do Interior, e suas consequências; mais incêndios, mais criminalidade, mais idosos sem protecção...
Continuamos a olhar para o território sobre o prisma economicista, e com o olhar de quem se levanta em Lisboa e Porto ou Braga e julga o resto do país pela mesma bitola.
ResponderEliminarHá coisas a mudar nos municípios? Muitas! Há que apostar mais na congregação de serviços nas Associações de Municípios de forma a ganhar escala e diminuir despesa? Absolutamente!
Mas esta forma de olhar para o território, riscando os serviços que existem!
Esta gente esquece-se que o interior está a definhar, e que as Câmaras Municipais são o Rendimento Médio Garantido para uma boa parte da população activa, e que os restantes serviços e comércio existentes, sobrevivem em grande parte porque este Rendimento Médio Garantido, tem garantido a custo a sobrevivência das gentes que teimam em ocupar território que de outra forma já estaria abandonado há muito...
Se reduzirmos serviços, desaparecerão empregos e as pessoas terão de ir procurar a vida para o Litoral, mais vale e digo isto a custo que sigamos o mesmo caminho de Olivença...
Eu sou dos que acredito que estes territórios têm futuro, por isso me dispus a sair de um dos maiores Concelhos de Portugal, Sintra, e vir para Marvão para me estabelecer e constituir família.
Não me venham estes iluminados, que conhecem estes territórios por cá virem passar fins de semana, dizer o que tem de ser feito!
Não me venham falar que o país se liga por auto-estradas, porque elas e as suas portagens não estão ao alcance de todos, e os transportes públicos já se foram pela mesma ordem de ideias!
Olham para Marvão e perguntam como é que uma sede de concelho com 100 habitantes pode continuar a ser Concelho...
Se juntarem Cascais e Oeiras, Póvoa de Varzim e Vila do Conde, talvez não venha grande mal ao mundo, as economias têm capacidade de absorver estas mudanças, no Interior jamais! Pois são os Municípios que continuam a congregar e a fazer todo um trabalho que noutras regiões é feito em conjunto com as empresas e a sociedade civil! Mas isso funciona quando existe escala, e essa há muito que se foi nestes territórios! Acabar e riscar municípios do mapa, poderá poupar alguns Euros no curto prazo, mas no longo prazo podemos fazer as contas aos custos da desertificação do Interior, e suas consequências; mais incêndios, mais criminalidade, mais idosos sem protecção...